- e que os desejos sejam sempre realizados...

terça-feira, 28 de junho de 2011

E se eu dissesse.


E se eu disser que te amo, ainda valerá a pena?
Depois de todos esses anos e de todas as coisas ditas, de todas as vezes que eu te magoei e por todas as vezes que mesmo sem querer pedi desculpas. Mesmo depois das vezes que eu gritei e pedi pra que fosse embora e que nunca mais voltasse, se eu te dissesse que preciso de você agora, adiantaria?
Após tantas discussões e reconciliações, depois de mesmo com medo, ter dito que não queria mais, que sem você minha vida seria melhor e sem demais problemas, se eu dissesse, você ao menos me ouviria?
Depois de rasgar todas as suas roupas e jogar pela janela pois me sentia trocada, depois de todos os acessos de ciumes, você me abraçaria?
Mesmo que tudo isso só tenha acontecido na minha cabeça, depois de todos esses anos me chamando de amiga, você me beijaria? E se eu dissesse que te amo, você entenderia? E se eu dissesse que sempre te amei, desde aquele dia, você me aceitaria? E se eu dissesse que sempre vou te amar, você me amaria de volta?
E se eu dissesse...

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Idolos não-perfeitos

Outro dia estava assistindo um vídeo no youtube que criticava esse achometro que as pessoas tem em sempre acreditar que seu "ídolo" é um cara (ou moça) perfeito. Essa foi a melhor critica que eu ouvi em toda a minha semana e a mais pura verdade, os adolescentes, não importa de que geração sejam, necessitam de um ídolo para criar uma linha de pensamento ou decidir que caminho levar na vida, é claro que na maioria das vezes esses ídolos servem para afrontar os pais, mas indefinidamente eles também representam algo muito importante na vida desses adolescentes: um espelho.
Espelho sim, pois o adolescente passa a fazer tudo igual ao tal do ídolo, se veste igual, tem o cabelo igual, fala igual... É um festival de imitações sem limite, mas eles esquecem de um pequeno detalhe, o cara não é nada perfeito, e sabe porque? Porquê ele é HUMANO, ele respira oxigênio assim como você, criança. Ele toma a mesma água que você, ele come o mesmo tipo de alimento que você come... aqueles que são comestíveis, sabe? Ele vai ao banheiro, e quando era pequeno também já usou fralda, brincou na terra e tirou meleca do nariz.
Esta bem, acho melhor não acabar com o sonho de muitos dizendo mais coisas que realmente acontecem, mas é frente á essas coisas que as pessoas deviam ser consideradas ídolos, por algo bom que fizeram e fazem, mas sabendo também que são cheios de defeitos, manias e costumes. Não é porque eles aparecem na TV que são melhores que qualquer um na rua, a única diferença é que eles receberam o dom de fazer algo e deram certo na vida.
Mas aí, o retardado do adolescente acha que tudo que o cidadão faz é perfeito, lindo e correto, e defende até os últimos momentos que o tal ídolo "jamais faria algo assim". Só que ele faz! Ele faz e não se importa com que você pensa sobre isso, porque afinal, ninguém se importa com pessoas que não conhecem. Eu não me importo com o que alguém de outra cidade pensa de mim, e se um dia eu fizer qualquer besteira, também não vai me importar se essa pessoa achar ruim, tipo, "foda-se você, a vida é minha, quem tem que achar ruim e parar de fazer besteira sou eu e não você".
Não que eu esteja dizendo que você não deve ter um ídolo, porque eu tenho vários e sempre quis ser como varias pessoas, mas eu sempre admiti que eles eram seres comuns, com preocupações comuns, que também tinham contas pra pagar, eram em sua maioria alcolistas e drogaditos, e eu sempre soube também, que um ídolo não é somente pra se pegar opções de "o que fazer" mas também de "o que não fazer".
Eu adoro os meus ídolos, e acredito que eles também adorem seus fãs, porque afinal, sem eles, os fãs, esses ídolos nada seriam... Provavelmente vou ter mais e mais ídolos, e espero um dia ser o espelho de alguém, assim como eles foram os meus.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Mudanças e Qualificações

Acho incrível como as pessoas sentem-se obrigadas a tachar algo para parecer real, porque não deixar da maneira que está e ver o que acontece? A questão é que etiquetar as coisas se tornou tão importante que passamos a viver em uma nova antiga sociedade, onde você é o que é, e não vai mudar. O que não é verdade, o ser humano se encontra em uma transformação infinita, você não pode ser o que foi ontem, e certamente não saberá o que será quando o novo dia amanhecer, mas a necessidade de se enquadrar em um universo é tão maior que a individualidade, que hoje, as crianças aprendem a seguir uma série de normas de não normas para ingressar em um grupo de amizades que deixaram tudo de extraordinario que poderiam ser, para serem aceitos pela nova e lustrosa sociedade.
Mas, pensando melhor nisso, o que faz um grupo de pessoas iguais ser melhor a uma única pessoa diferente? Nós reclamamos da solidão e de se sentir só em meio à um 'mundo de gente', mas não é solidão, na verdade é aquele menininho ou menininha gritando dentro de você, é aquele mesmo que você largou de lado quando tinha 7 anos pra se tornar popular na escola, para se tornar mais um idiota no mundo. Não pensem que eu critico as relações sociais, jamais! Acho na verdade que relações interpessoais são mais valiosas que quaisquer outras lições que a vida possa te dar, porque são com as pessoas e pelas pessoas que temos a condição da mudança.
Mas eu critico sim, aquela sociedade copista, 'fimdemundista', que estabeleceu regras para ser normal ou diferente, porque, vamos combinar, o diferente hoje é bem mais comum do que há 50 anos! As pessoas acostumaram-se a querer ser iguais as outras, que por sua vez foram iguais a outra pessoa, que enfim foi excluído, antes da apreciação, por ser ridículo/anormal/diferente. É por essa pessoa, a primeira, que tenho enorme gratidão, pois são pessoas assim que me ensinam a ser corajosa e enfrentar o mundo.
Mudanças são sempre bem vindas, assim como rótulos vem e vão, mudanças nos fazem pessoas melhores, nos fazem acreditar que no final vai ficar tudo bem... mesmo que não seja essa a opção mais votada. Mais uma vez vou deixar bem claro, não me importo se você quer ser igual á alguém, pois eu quis e ainda quero muito, não é sobre você, meu amigo, é sobre o sistema que reprime, comprime e qualifica toda pessoa no mundo, desde criança, como ela deve ser e porque ela deve ser.
Não devia ser tão difícil assim de explicar, nem mesmo tão fácil de se enquadrar.. de se fazer parte de algo que desconhece seu próprio começo, meio e fim.