- e que os desejos sejam sempre realizados...

terça-feira, 26 de agosto de 2008

One - Shot

Desde que nascemos nos questionamos com o fato de viver, às vezes com apenas expressões, outras com cartas, bilhetes, palavras, gestos, mas todos sempre passamos por essa fase em algum momento. Então você cresce, vem as perguntas, reclamações e erros, os erros fazem parte de uma grande parte da vida, você pode mudar seu rosto, seu cabelo, os olhos a pele, mas nunca deixara de ser o que você era, e nunca deixara os seus erros para traz!
Após todos esses anos, você evolui, tem filhos, muda seu jeito de pensar, mas não abandona a velha mania de questionar ao seu Deus o porquê de sua existência, e por incrível que pareça você não permitirá que uma pessoa próxima chegue o mais perto da resposta possível, porque outro mal de todo ser humano é a inveja, mesmo a menor que seja, a inveja corroi, corrompe, não justifica e mata.
Vocês podem estar se perguntando o porquê de eu estar dizendo essas coisas, para alguns fúteis, para outros apenas loucura, bem, mas é assim que começa a minha vida, ou o que me sobrou dela, toda vida tem uma historia e a minha, para ser mais exato o ultimo dia em que me lembro direito foi 21 de outubro, o dia em que eu descobri que não precisava mais de você, não precisava mais de ninguém.
Não é fácil encarar a vida quando ela te trata mal, te joga na rua e diz que nunca mais quer te ver, bem você era a minha vida, e você fez isso, um deslize, um erro, e seu mundo cai, quebra e morre diante dos seus olhos. Ao contrario do que muita gente pensa eu sobrevivi, o suficiente para me enterrar cada vez mais nas minhas mentiras, sim eu menti, mas qual seria o mortal que nunca mentiu, enganou, partiu e nunca disse adeus? Depois daquele dia eu não fui mais o mesmo, eu não sou o mesmo, e você não pode dizer que me conhece, porque alias você nunca soube quem eu era.
Bem, sem você eu entrei em fase de insensatez, sai, dancei, bebi, me droguei, dormi com outras, há, como se isso importasse alguma coisa. Me senti como um adolescente, inconseqüente e irresponsável, eu não tinha casa, não tinha família, ninguém com que eu me preocupasse, que mal eu poderia causar, se tudo que eu estava fazendo se refletia a mim mesmo. A não ser que você se preocupasse, mas eu acho que não, mesmo que se importasse não faria diferença alguma, você me expulsou do seu mundinho e não cabe mais a você me fazer voltar.
Resumindo, eu me tornei uma pessoa má e sem virtudes, eu me tornei um daqueles homens que você nunca deixaria chegar perto dos seus filhos, um pobre diabo rodando de carro por ai, a procura de alguma coisa que agora lhe fazia muita falta.
Em uma dessas minhas “viagens”, eu encontrei um cara, a essa altura eu não sabia nem mais como era beijar um desses, acredite depois de você eu nunca tive mais ninguém Ryan, só algumas garotas, que não duraram o fim de semana, nem chegaram a durar a rodagem de um posto de gasolina a outro, vadias? Sim elas eram, mas pra que ligar para isso, logicamente nenhuma me fez sentir o que você me fazia sentir, eu quase tive uma fixa, ela tinha os seus olhos, ela era vulgar, ela me fazia se achar importante, ela gostava de dormir em uma cidade e acordar 300 milhas dali, ela era perigosa, era má, briguenta e sexy, perfeita para aquele meu novo destino, mas ela tinha os seus olhos, seus malditos olhos e eles me faziam se lembrar de tudo que você me fez, das coisas boas e ruins, e um dia eu não resisti disse pra ela se vestir e ficar com o próximo que passasse. Ela era uma boa pessoa, e não ligou em descer do carro, ela disse que foi ótimo enquanto durou e que poderíamos ser amigos, ela me deu um telefone... Talvez eu ligasse pra lá um dia, talvez ela me recebesse e me agradecesse por te – la feito voltar pra casa, aquela garota tinha um futuro, não havia nascido para servir mesas e agüentar bêbados, muito menos pra servir um cafetão e trezentos homens nojentos encostando em seu corpo, ela era mais que isso, e me amava eu sei disso porque foi por mim que ela deixou aquela cidade.
Então eu conheci um garoto de mais ou menos 26 anos, mas eu não consegui Ry, quer saber você merece palmas, porque todas as vezes que eu quis, tentei ou apenas imaginei, você era o rosto que eu via, foi ai que eu descobri que não se dá pra deixar pra traz o que você era, e que o que eu era, ainda sou eu, só que em uma versão menos recatada e toda magoada.
Isso me fez voltar, isso me fez ficar, e isso me fez perceber que eu ainda te amo só que eu não quero mais amar, e se essa é a única solução enfim tragam – me o mais belo dos punhais, porque eu não quero mais viver... Porque eu sei que depois de tanto tempo, nada vai mudar, você tem a sua vida, outro dia eu passei em frente a sua casa, vi crianças e um belo carro familiar. Você realizou seu sonho, você tem uma família e não há nada que eu possa fazer pra você desistir disso! Não eu.
Um pingo vermelho em meu tapete barato, riscos de agulhas por todo o meu corpo, as paredes são brancas, os moveis são um tom de cinza incomum. E a água dessa banheira está vermelha, se sobressaindo entre tudo aqui presente. Meu mundo que agora era branco e preto tem um tom mais vulnerável, e tudo vai se apagando aos poucos, nada mais gira e a água não cai se concentra em uma única alternativa, tudo que ecoa por aqui é silencio nenhum grito, nenhuma lagrima, nenhum suspiro. Um corpo lastimável se encontra imóvel dentro de um cômodo assustador, não á mais nada a não ser meus medos estampados a cada 5 cm da minha face, um movimento mínimo, já não há mais pulsação, não há mais sangue nem coração, não há mais eu, nem ele, apenas mais um miserável que resolveu que a vida não valia mais a pena.


Sim, ela não tem nome ainda... minha imaginação e criatividade não me ajudou nesse pequeno detalhe...
É uma Rydon, caso alguem tenha curiosidadee!
Beijinhos...

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