Eram coisas insignificantes, que não deveriam realmente importar, uma lágrima, um sorriso, um aceno, um olhar. Que passaram assim como os dias e não voltaram jamais, talvez por serem não significativos ou por serem demais. A questão é que eram parte de mim, estava tão dependente disso que seria incapaz de notar quando é que começou a interferir na minha vida e quando foi que acabou. Acredito que no começo era como um carinho gostoso de sentir, depois foi se tornando como o ar... imperceptível. Necessário.
Minha cota de gratidão deveria ter se esgotado á essa altura, mas não me sinto assim, no começo sim, me sentia grata por ter tantas coisas para que sorrir, mas depois, esses pequenos agrados se tornaram uma obrigação evidente. Deveria ter sorrido menos também.
Somente não percebi, realmente não percebi quando é que tudo isso foi embora, foi como acordar e não vê-lo ao meu lado na cama... Talvez isso eu também não tenha percebido. Já são 10:00 horas, tenho duas xícaras de café na mesa, mas não me lembro de tê-lo visto deitar ou levantar. A casa está silenciosa agora. Mas, por quantos dias já não esteve... não sei. Perdi a noção do tempo, talvez ele não esteja mais aqui. E se não estiver, o que eu deveria fazer? Eu deveria me levantar agora e olhar no quarto, mas tenho medo de não ter mais ninguém, apenas eu e meu mundo imperceptível. Imperceptivelmente sozinha.
2 comentários:
Oi Mariana!
A pior solidão é aquela a dois,né?
Seu post me tocou.
Me vi um pouco nele.
Sobre a facul,começa dia 08/08.Não vejo a hora de começar!!!
Apareça sempre que quiser!
Beijo!
Menina, dá pra perceber nitidamente o quanto vc amadureceu(mais) pela sua escrita. O tempo faz bem pra gente não é?
Todo mundo tem um pouco de solidão, de presenças. O importante é viver!
Beijos!
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