Medo...?

Como a cada parte do seu corpo, você também sente um frio incondicional no coração. Um pequeno tremor que começa na ponta dos dedos, sobe pelas terminações nervosas, chega a um frio insuportável no estômago, desce pelas pernas e quando menos se espera, lá está você com o que aparentemente é medo.
Medo de que? - me perguntei.
Talvez de sair de casa e ter a impressão que iria te ver na rua, ou ter anseio de olhar pela janela e as pessoas perceberem que eu ainda me importo com tudo isso. Medo talvez de mim ainda ser apaixonado por você.
E todas as perguntas voltam a me rodiar, nenhuma resposta concreta pra nenhuma delas e isso me deixa tão mal. Eu queria ter o mundo na palma da minha mão, fazer o que bem entender do meu caminho sem se preocupar com o amanha, porque afinal, eu determinaria o tal amanhã.
E no fim das contas eu ainda teria esse medo de você, porque é isso que eu sinto ao te perder, ou achar que te perdi. Esse medo que me faz voltar atrás e te pedir pra ficar... Esse mesmo medo que te mantém tão longe, e que ao mesmo tempo te tem tão por perto.
Meu medo de sentir, meu medo de insistir... Talvez meu medo de dizer que ama por simplesmente não querer acreditar.
Coisa tão real que voa como pássaro vivido, e que aprisiono dentro de um peito assustado, dentro de um coração gélido. Mas não por vontade... mas pelo medo que você me faz ter.

- Tá acordado amor?
- Ahãn, faz tempo... eu gosto de te ver dormir.